" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Hipocrisia em nome de Deu$$$$$$$












O papa Bento 16 participa nesta sexta-feira de um culto da Igreja Anglicana em Londres, em meio a uma polêmica provocada por um discurso em que fez uma associação entre o ateísmo e o nazismo.

Bento 16 chegou na quarta-feira ao Reino Unido para a primeira visita de Estado de um líder da Igreja Católica.

Na quinta-feira, no seu primeiro pronunciamento no Reino Unido, diante da rainha Elizabeth 2ª em Edimburgo, Bento 16 falou sobre "uma tirania nazista que tenta erradicar Deus da sociedade".

Ele também pediu que a Grã-Bretanha evite "formas agressivas de secularismo".

"Até mesmo durante as nossas vidas, nós conseguimos lembrar como a Grã-Bretanha e seus líderes se levantaram contra a tirania nazista que queria erradicar Deus da sociedade e negava nossa humanidade comum a muitos, especialmente os judeus, que se julgava indignos de viverem", disse Bento 16.

"Quando formos refletir sobre as lições sombrias do extremismo ateísta do século 20, nunca nos deixemos esquecer de como a exclusão de Deus, religião e virtude da vida pública leva em última instância a uma visão truncada do homem e da sociedade, e portanto uma visão reducionista das pessoas e seus destinos."

Repercussão

A Associação Humanista da Grã-Bretanha disse que as declarações do papa são "surreais".

"A noção que foi o ateísmo dos nazistas que os levou ao extremismo e a visões cheias de ódio, ou que [o ateísmo] de alguma forma alimenta a intolerância na Grã-Bretanha hoje é uma calúnia terrível contra aqueles que não acreditam em Deus", afirma a associação em uma nota.

"A noção de que são as pessoas não-religiosas no Reino Unido que hoje querem impor suas opiniões - vinda de um homem cuja organização se empenha internacionalmente em impor sua forma estreita e excludente de moralidade, além de enfraquecer os direitos humanos de mulheres, crianças, gays e muito outros - é surreal."

Diante da repercussão das declarações do papa, um porta-voz do Vaticano buscou minimizar a polêmica. Federico Lombardi disse que Bento 16 "sabe muito bem do que se trata a ideologia nazista", em referência à participação do pontífice na Juventude Hitlerista quando ele tinha 14 anos. Na época, o alistamento no grupo era obrigatório para todos os jovens alemães.

Após ser recebido pela rainha Elizabeth 2ª em Edimburgo, na Escócia, ele rezou uma missa a céu aberto para 70 mil pessoas em Glasgow.

Bento 16 deixou a Escócia e viajou para Londres na noite de quinta-feira. Ele foi recebido pelo prefeito Boris Johnson e seguiu para a Nunciatura Apostólica de Wimbledon, onde está hospedado.

Em Londres

Nesta sexta-feira, ele vai se encontrar com cerca de quatro mil jovens da St. Mary's University College, no subúrbio londrino de Twickenham, em um evento chamado de Grande Assembleia.

A Igreja Católica afirma que o evento é uma oportunidade para se homenagear o trabalho de mais de duas mil escolas católicas na Grã-Bretanha, que recebem apoio do Estado. Muitas pessoas já estão no local para receber o pontífice.

Cerca de cem manifestantes também estão no local com faixas de protesto contra a posição do Vaticano sobre anticoncepcionais, abusos sexuais cometidos por padres e direitos de homossexuais.

Ainda na sexta-feira, ele vai se encontrar com outros líderes religiosos britânicos, entre eles o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que comanda a Igreja Anglicana.

O encontro no palácio de Lambeth, em Londres, tem um simbolismo histórico. Até o rei Henrique 8º romper as relações com o Vaticano no século 16, o palácio abrigava arcebispos católicos. A visita do papa ao local é vista como um gesto de reconciliação entre católicos e anglicanos.

Em seguida, ele fará um discurso em Westminster Hall, para parlamentares britânicos. Acredita-se que o papa fará seu discurso mais político diante dos parlamentares e poderá fazer uma comparação entre os valores católicos e o conceito de "Grande Sociedade", do primeiro-ministro David Cameron.

Uma das políticas sociais de David Cameron, chamada de "Grande Sociedade", tem como objetivo fortalecer ações comunitárias, com estimulo a programas de voluntariado.

Bento 16 encerra o dia participando de um culto com uma serviço ecumênico na Abadia de Westminster com o arcebispo de Canterbury.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O papel de Wall Street no narcotráfico


A POLÍTICA DOS EUA PARA O MÉXICO É UM PESADELO. ELA MINOU A SOBERANIA MEXICANA, CORROMPEU O SISTEMA POLÍTICO E MILITARIZOU O PAÍS. OBTEVE TAMBÉM COMO RESULTADO A MORTE VIOLENTA DE MILHARES DE CIVIS, POBRES EM SUA MAIORIA. MAS WASHINGTON NÃO ESTÁ NENHUM POUCO PREOCUPADO COM OS “DANOS COLATERAIS”, DESDE QUE POSSA VENDER MAIS ARMAS, FORTALECER SEU REGIME DE LIVRE COMÉRCIO E LAVAR MAIS LUCROS DAS DROGAS EM SEUS GRANDES BANCOS. OS PRINCIPAIS BANCOS DOS EUA SE TORNARAM SÓCIOS FINANCEIROS ATIVOS DOS CARTÉIS ASSASSINOS DA DROGA. A GUERRA CONTRA AS DROGAS É UMA FRAUDE. ELA NÃO TEM A VER COM PROIBIÇÃO, MAS SIM COM CONTROLE. O ARTIGO É DE MIKE WHITNEY.

Imagine qual seria sua reação se o governo mexicano decidisse pagar 1,4 milhões de dólares a Barack Obama para usar tropas norte-americanas e veículos blindados em operações militares em Nova York, Los Angeles e Chicago, estabelecendo postos de controle, e elas acabassem se envolvendo em tiroteios que resultassem na morte de 35 mil civis nas ruas de cidades norte-americanas. Se o governo mexicano tratassem assim os Estados Unidos, vocês o considerariam amigo ou inimigo? Pois é exatamente assim que os EUA vêm tratando o México desde 2006.

A política dos EUA para o México – a Iniciativa Mérida – é um pesadelo. Ela minou a soberania mexicana, corrompeu o sistema político e militarizou o país. Obteve também como resultado a morte violenta de milhares de civis, pobres em sua maioria. Mas Washington não está nenhum pouco preocupado com os “danos colaterais”, desde que possa vender mais armas, fortalecer seu regime de livre comércio e lavar mais lucros das drogas em seus grandes bancos. É tudo muito lindo.

Há alguma razão para dignificar essa carnificina chamando-a de “Guerra contra as drogas”?

Não faz nenhum sentido. O que vemos é uma oportunidade descomunal de empoderamento por parte das grandes empresas, das altas finanças e dos serviços de inteligência norteamericanos. E Obama segue meramente fazendo seu leilão, razão pela qual – não é de surpreender – as coisas ficaram tão ruins sob sua administração. Obama não só incrementou o financiamento do Plano México (conhecido como Mérida), como deslocou mais agentes norteamericanos para trabalharem em segredo enquanto aviões não tripulados realizam trabalhos de vigilância. Deu para ter uma ideia do cenário?

Não se trata de uma pequena operação de apreensão de drogas, é outro capítulo da guerra norteamericana contra a civilização. Vale lembrar uma passagem de um artigo de Laura Carlsen, publicado no Counterpunch, que nos mostra um elemento de fundo:

“A guerra contra as drogas converteu-se no veículo principal de militarização da América Latina. Um veículo financiado e impulsionado pelo governo norteamericano e alimentado por uma combinação de falsa moral, hipocrisia e muito de temor duro e frio. A chamada “guerra contra as drogas” constitui, na realidade, uma guerra contra o povo, sobretudo contra os jovens, as mulheres, os povos indígenas e os dissidentes. A guerra contra as drogas se converteu na forma principal do Pentágono ocupar e controlar países à custa de sociedades inteiras e de muitas, muitas vidas”.

“A militarização em nome da guerra contra as drogas está ocorrendo mais rápida e conscienciosamente do que a maioria de nós provavelmente imaginou com a administração de Obama. O acordo para estabelecer bases na Colômbia, posteriormente suspenso, mostrou um dos sinais da estratégia. E já vimos a extensão indefinida da Iniciativa de Mérida no México e América Central, incluindo, tristemente, os navios de guerra enviados a Costa Rica, uma nação com uma história de paz e sem exército...”

“A Iniciativa de Mérida financia interesses norteamericanos para treinar forças de segurança, proporciona inteligência e tecnologia bélica, aconselha sobre as reformas do Judiciário, do sistema penal e a promoção dos direitos humanos, tudo isso no México” (“The Drug War Can’t Be Improved Only be Ended” – “A Guerra contra as drogas não pode ser melhorada, só terminada”, Laura Carlsen, Counterpunch)


A impressão que dá é que Obama está fazendo tudo o que pode para converter o México em uma ditadura militar, pois é exatamente isso o que ele está fazendo. O Plano México é uma farsa que esconde os verdadeiros motivos do governo, que consiste em assegurar-se de que os lucros do tráfico de drogas acabem nos bolsos das pessoas adequadas. É disso que se trata: de muitíssimo dinheiro. E é por isso que o número de vítimas disparou, enquanto a credibilidade do governo mexicano caiu como nunca em décadas. A política norteamericana converteu grandes extensões do país em campos de morte e a situação não para de piorar.

Veja-se esta entrevista com Charles Bowden, que descreve como é a vida das pessoas que vivem na Zona Zero da guerra das drogas no México, Ciudad Juárez:

“Isso ocorre em uma cidade onde muita gente vive em caixas de papelão. No último ano, dez mil negócios encerraram suas atividades. De 30 a 60 mil pessoas, sobretudo os ricos, mudaram-se para El Paso, no outro lado do rio, por razões de segurança. Entre eles, o prefeito de Juárez, que prefere ir dormir em El Paso. O editor do diário local também vive em El Paso. Entre 100 e 400 mil pessoas simplesmente saíram da cidade. Boa parte do problema é econômico. Não se trata simplesmente da violência. Durante esta recessão desapareceram pelo menos 100 mil empregos das empresas fronteiriças devido à competição asiática. As estimativas são de que há entre 500 e 900 bandos de delinquentes”.

Há 10 mil soldados das tropas federais e agentes da Polícia Federal vagando por ali. É uma cidade onde ninguém sai à noite, na qual todos os pequenos negócios pagam extorsão, onde foram roubados oficialmente 20 mil automóveis no ano passado e assassinadas 2.600 pessoas no mesmo período. É uma cidade onde ninguém segue o rastro das pessoas que foram sequestradas e não reaparecem, onde ninguém conta as pessoas enterradas em cemitérios secretos onde, de forma indecorosa, volta e meia aparecem alguns corpos em meio a alguma escavação. O que temos é um desastre e um milhão de pessoas que são muito pobres para poder ir embora. A cidade é isso”. (Charles Bowden, Democracy Now)


Isso não tem a ver com as drogas; trata-se de uma política externa louca que apoia exércitos por delegação para impor a ordem por meio da repressão e militarização do Estado policial. Trata-se de expandir o poder norte-americano e de engordar os lucros de Wall Street. Vejamos mais alguns dados de fundo proporcionados por Lawrence M. Vance, na Future of Freedom Foundation:

“Um número não revelado de agentes da lei norteamericanos trabalha no México (...) A DEA tem mais de 60 agentes no México. A esses se somam os 40 agentes de Imigração e Aduanas, 20 auxiliares do Serviço de Comissários de Polícia e 18 agentes da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, mais os agentes do FBI, do Serviço de Cidadãos e Imigração, Aduana e Proteção de Fronteiras, Serviço Secreto, guarda-costas e Agência de Segurança no Transporte. O Departamento de Estado mantém também uma Seção de Assuntos de Narcóticos. Os EUA também forneceram helicópteros, cães farejadores de drogas e unidades de polígrafos para examinar os candidatos a trabalhar em organismos de aplicação das leis”.

“Os aviões não tripulados norteamericanos espionam os esconderijos dos carteis e os sinais rastreadores norte-americanos localizam com exatidão os carros e telefones dos suspeitos. Agentes norteamericanos seguem os rastros, localizam chamadas telefônicas, leem correios eletrônicos, estudam padrões de comportamento, seguem rotas de contrabando e processam dados sobre traficantes de drogas, responsáveis pela lavagem de dinheiro e chefes dos cartéis. De acordo com um antigo agente anti-droga mexicano, os agentes norteamericanos não estão limitados em suas escutas no México pelas leis dos EUA, desde que não se encontrem em território norteamericano e não grampeiem cidadãos norteamericanos. (“Why Is the U.S. Fighting Mexico’s Drug War?”, “Por que os EUA travam a guerra contra as drogas no México?”, Laurence M. Vance, The Future of Freedom Foundation).


Isso não é política externa, mas sim outra ocupação norteamericana. E adivinhem quem enche os cofres com essa pequena fraude sórdida? Wall Street. Os grandes bancos ficam com sua parte como sempre fazem. Vejamos essa passagem de um artigo de James Petras intitulado “How Drug profits saved Capitalism” (“Como os lucros das drogas salvaram o capitalismo”, publicado em Global Research). É um estupendo resumo dos objetivos que estão configurando essa política:

“Enquanto o Pentágono arma o governo mexicana e a DEA (Drug Enforcement Agency, a agência anti-droga dos EUA) põe em prática a “solução militar”, os maiores bancos dos EUA recebem, lavam e transferem centenas de bilhões de dólares nas contas dos senhores da droga que, com esse dinheiro, compram armas modernas, pagam exércitos privados de assassinos e corrompem um número indeterminado de funcionários encarregados de fazer cumprir a lei de ambos os lados da fronteira...”

“Os lucros da droga, no sentido mais básico, são assegurados mediante a capacidade dos carteis de lavar e transferir bilhões de dólares para o sistema bancário norteamericano. A escala e a envergadura da aliança entre a banca norteamericana e os carteis da droga ultrapassa qualquer outra atividade do sistema financeiro privado norteamericano. De acordo com os registros do Departamento de Justiça dos EUA, só um banco, o Wachovia Bank (propriedade hoje de Wells Fargo), lavou 378.300 milhões de dólares entre 1° de maio de 2004 e 31 de maio de 2007 (The Guardian, 11 de maio de 2011). Todos os principais bancos dos EUA tornaram-se sócios financeiros ativos dos cartéis assassinos da droga”.

“Se os principais bancos norteamericanos são os instrumentos financeiros que permitem os impérios multimilionários da droga operar, a Casa Branca, o Congresso dos EUA e os organismos de aplicação das leis são os protetores essenciais destes bancos (...) A lavagem de dinheiro da droga é uma das fontes mais lucrativas de lucros para Wall Street. Os bancos cobram gordas comissões pela transferência dos lucros da droga que, por sua vez, emprestam a instituições de crédito a taxas de juros muito superiores às que pagam – se é que pagam – aos depositantes dos traficantes de drogas.

Inundados pelos lucros das drogas já desinfetados esses titãs norteamericanos das finanças mundiais podem comprar facilmente os funcionários eleitos para que perpetuem o sistema”. (“How Drug Profits saved Capitalism, James Petras, Global Research).


Vamos repetir: “Todos os principais bancos dos EUA se tornaram sócios financeiros ativos dos cartéis assassinos da droga”.

A guerra contra as drogas é uma fraude. Ela não tem a ver com proibição, mas sim com controle. Washington emprega a força para que os bancos possam garantir um bom lucro. Uma mão lava a outra, como ocorre com a Máfia.

(*) Mike Whitney é um analista político independente que vive no estado de Washington e colabora regularmente com a revista norteamericana CounterPunch.

Tradução: Katarina Peixoto

sábado, 18 de junho de 2011

O Alto Custo de um Sistema Agrícola Falido

















Eng. Agr. José Luiz Moreira Garcia, M.Sc.Produtor Orgânico Certificado , Consultor e candidato a PhD em Medicina Natural .

Trabalho publicado em 06/09/02

"Uma nação que destrói o seu solo destrói a sí mesma "
Franklin D. Roosevelt ( 1937)


A tecnologia agrícola utilizada nos ultimos 100 anos é baseada em teorias inválidas pelo simples fato de que as mesmas não funcionam na vida real. Se elas fossem de fato válidas nós não teríamos córregos, lagos e rios poluídos, aqüíferos subterrâneos poluídos por nitratos e outros contaminantes, solos poluídos e degradados, alimentos contaminados, seres humanos e animais contaminados e com saúde deficiente que se tornaram cada vez mais dependentes de remédios e produtos farmacêuticos que fazem a fortuna de mega laboratórios farmacêuticos multinacionais, além de um crescente número de agricultores que são levados a ruína econômica perdendo o seus bens de raiz acumulados na maioria das vezes ao longo de várias gerações de trabalho àrduo.

Fatos são fatos. Contra fatos não há argumentos.

O atual modelo agrícola utilizado no ocidente é o responsável direto pela crescente destruição da camada de solo arável (solo agrícola) , sendo que, nos EUA que é a meca do sistema e onde existem felizmente estatísticas, a perda de solo agrícola foi de 50% nos últimos 100 anos, de acordo com o Minnesota Land Magazine de 3 de maio de 1985. Fatos são fatos. Essa é a realidade.

A destruição do meio ambiente é um fato concreto e ela é provocada em grande parte pelo atual modelo agrícola. Vocês por acaso já imaginaram para que finalidade são sintetizados os produtos químicos mais venenosos ? Que tal : Para a agricultura !

Quanto da poluição industrial é resultante da poluição industrial relacionada com a agricultura ? E que tal o consumo de energia dessa mesma agricultura ? A agricultura é a segunda maior consumidora de energia nos EUA. Quem estabelece nossas prioridades ?

Quando o solo degenera as plantas que crescem nele também se degeneram, assim como a saúde das pessoas que se alimentam dessas mesmas plantas. Isso cria uma demanda maior para a produção e a venda de produtos destinados a combater os sintomas originados por um solo degradado e doente. Existem produtos químicos para remediar solos degradados (adubos químicos, fumigantes de solo ), produtos químicos para combater os sintomas de um vegetal fraco e desnutrido (fungicidas, inseticidas, bactericidas, acaricidas, nematicidas, etc..) , produtos químicos para combater os efeitos de um solo desequilibrado (herbicidas) e finalmente produtos químicos que são usados pelos médicos e farmacêuticos em seres humanos e animais para remediar toda essa situação criada na realidade por solos degradados e doentes.

O resultado imediato é o lucro financeiro porém o resultado a longo prazo é a inexorável falência de todo esse sistem insustentável. Na sua edição de setembro de 1984, a conceituada publicação New Scientist afirmava que, entre 1960 e 1979, os agricultores da antiga Checoslováquia triplicaram o uso de fertilizantes químicos enquanto que a produção somente aumentou em 52%. O solo foi afetado e, agora, as safras estão diminuindo sem que houvesse diminuição da utilização de fertilizantes.

Essa "tecnologia de ponta" foi exportada para aquele país pelos EUA . Essa mesma tecnologia foi e ainda é utilizada no Brasil em quase todo o seu sistema de ensino, pesquisa e extensão agrícolas com raríssimas e louváveis exceções. O famoso "tripé" (pesquisa , ensino e extensão) no qual se apoia todo o nosso modelo agrícola foi importado dos EUA e empurrado goela abaixo de nossos produtores agrícolas como sendo verdadeiro.

Orville Wright enfoca essa situação da seguinte maneira : "Se todos nós trabalharmos com a suposição de que o que é aceito como verdadeiro é, de fato, verdadeiro, existiria muito pouca esperança para algum tipo de avanço".

Nos últimos 50 anos a utilização de agrotóxicos na agricultura aumentou mais de 10 vezes enquanto que as perdas provocadas por pragas, insetos e mato aumentaram de 6% para 13% (2,3 ).

O que significam esses dados ? Significam exatamente que o sistema não está funcionando posto que está baseado em uma pseudo-ciência que parte de premissas falsas, apesar dos arautos do apocalipse de plantão, entre os quais destacam-se alguns expoentes tanto do governo quanto da pesquisa oficial, estarem a aterrorizar a população com o espectro da fome. Hoje, sabemos ser a fome mais um problema político e financeiro do que tecnológico. Essa opinião também já foi expressa por um diretor de uma poderosa empresa de biotecnologia. Ou seja, eles também já sabem disso. Os únicos que ainda não sabem ou fingem não saber são os nossos políticos e tecnocratas.

A mídia de aluguel, o Ministério da Saúde e vários outros setores da saúde querem nos fazer crer que a saúde humana e a longevidade estão aumentando nas ultimas décadas. Porem, isso não é exatamente o que demonstram as estatísticas. O prestigioso New England Journal of Medicine, com bases em estatísticas compiladaspelo U.S. Department of Commerce, Bureau of Census , demonstra que durante um período pesquisado de 24 anos não houve aumento significativo na taxa de sobrevivência para pacientes acometidos de câncer. Hoje, nos EUA, uma pessoa,em cada tres, é acometida por câncer em comparação a uma pessoa em cada dez pessoas, de decadas atraz.

O câncer é um negócio de mais de 90 bilhões de dólares por ano somente nos EUA e cresce a cada ano.

Não existe vontade política de se resolver realmente o problema do câncer. Em países do terceiro mundo, no qual o Brasil se inclui, isso é até aproveitado com intenções muitas vezes políticas com a distribuição dos chamados medicamentos ditos "gratuitos". Nunca um neologismo custou tão caro a toda a sociedade.

O tratamento do câncer é um negócio multi-bilionário, porem não a cura do câncer ou a sua erradicação. Uma eventual cura do câncer significaria a ruína financeira de toda uma industria multibilionária voltada para o "tratamento" do câncer. Somente nos EUA essa indústria emprega mais de 200 mil pessoas.

O declínio da saúde da população ocorre em paralelo com o declínio da fertilidade dos solos e do aumento da agricultura quimicalizada. Existe, de fato, uma relação muito estreita entre agricultura e saúde humana . Uma relação que infelismente os nossos dirigentes políticos se recusam a enxergar. Essa estreita relação já foi amplamente abordada por outros autores ( 2,3,5,6,9 e 11).

Nada existe por acaso. Boa saúde não é obra do acaso. Ela é um fenômeno natural !

Quanto custa a sociedade a reparação desses erros ? Quanto custa à sociedade o tratamento de um paciente acometido de câncer ?

A infame "Revolução Verde" levou a falência todo um sistema agrícola senão financeiramente pelo menos ecologicamente falando. Os produtores agrícolas foram iludidos e enganados com pensamentos emanados pelo status quo acadêmico-científico agrícola, de que poderiam resolver os seus problemas com agrotóxicos e fertilizantes químicos. Hoje, sabe-se que a revolução somente foi verde para a indústria de insumos agrícolas petroquímicos.

Intoxicação generalizada por agrotóxicos que mimetizam hormônios ( que se encaixam nos receptores hormonais celulares ) em níveis aparentemente baixos mas que são muitas vezes acima dos níveis máximos tolerados pelos seres humanos, principalmente as mulheres, gerando uma onda crescente de câncer de mama, câncer de próstata, câncer linfático entre outros.

A aflatoxina é uma ameaça real e permanente. Foi verificado um nível cada vez maior de aflatoxina em produtos cultivados pelo sistema convencional além de uma maior quantidade de energia necessária para a secagem dos grãos que não conseguiam atingir a maturação plena em virtude da excessiva manipulação genética aliada a fertilização químicalizada que tende a entupir os vasos das plantas dificultando a secagem ( 12 ).

Alimentos com teores de proteína não-funcionais elevados são fruto dessa pseudo-ciência e tecnologias agrícolas. Os experimentos agrícolas sempre são avaliados pelo peso final das parcelas que se traduz em toneladas /hectare e quando muito pelo teor de "proteína", que na maioria das vezes é apenas o teor de nitrogênio multiplicado pelo fator 6.24 para se ter uma idéia aproximada do teor de proteína. Porém esse nitrogênio nem sempre é protéico e nem sempre essas proteínas são funcionais, isto é, adequadamente utilizadas pelo nosso organismo. Raríssimas vezes são feitos testes de avaliação nutricional desses produtos com "elevados" teores de "proteína " ( 14 ). Os vegetais cultivados pelo sistema convencional produzem um tipo anômalo de proteína não funcional conhecido for "funny protein" ( 2 ).

A desnutrição de homens e animais é generalizada. Inúmeros autores ( 3, 5, 6, e 9 ) são da opinião que cada doença tem um componente nutricional em maior ou menor escala. Aborto, retardamento mental, colesterol elevado, problemas circulatórios e cardíacos, problemas neurológicos ( Alzheimar, Mal de Parkinson, etc...), defeitos genéticos, hiperatividade infantil ( Síndrome do Déficit de Atenção ), Diabetes, enfim uma infinidade de doenças tem a sua origem no ambiente e no componente nutricional.

Em 1958, o Professor Emérito de Agronomia, Dr. William A. Albrecht, Ph.D., do Departamento de Solos da Universidade do Missouri relatava : "Nos últimos 40 anos amostras de solo do mundo todo foram estudadas e estabeleceu-se uma média de produção de proteína viável de 12%, sendo que o mínimo necessário para a saúde humana e animal seria de 25% de proteína viável. Nos EUA as amostras não tinham média de 25%, nem de 12%, mas de 6%". No início dos anos 70 o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) liberou dados mostrando que os solos americanos tinham um fator para a produção de proteína viável de 1,5 a 3% (Biomedical Critique, vol. 5. No. 6, Biomedical Health Foundation, Ocala, Fl, Sept. 1984 ). Esses dados são uma demonstração cabal da falência do sistema. Os solos simplesmente não são mais capazes de possibilitar uma produção necessária a manutenção da saúde humana e animal.

Àcidos graxos na forma isomérica "Trans" que favorecem as doenças degenerativas por serem altamente imunodepressivos são sem dúvidaoutra contribuição da "moderna " tecnologia agrícola de alimentos.

Fertilizantes Fosfatados solúveis com resíduos de flúor , elemento altamente reativo e tóxico, que as plantas transformam em acetato de flúor , um composto altamente tóxico, são, por suposto outra contribuição da chamada "ciência"dos solos ( 1 ) . Esse elemento tem sido implicado no crescente aumento de casos de Diabetes . ( 1 )

Enfim, o emprego do chamado enfoque "reducionista" pelos pesquisadores agrícolas, no qual tentam explicar o todo pela análises das suas mínimas partes gerou todo esse estado de coisas. A Natureza é bem mais complexa e não pode ser explicada por nenhum pensamento linear reducionista ( 2,3, 7 ).

O sistema atual continua tentando nos fazer crer que podemos consertar qualquer coisa que esteja errada. Eles agora resolveram "melhorar" o trabalho divino, de certo por achar que Deus não fez um bom trabalho. Os vegetais estão sendo manipulados geneticamente para serem resistentes a doenças e pragas. O que podemos esperar de tais vegetais manipulados geneticamente ? Os efeitos a longo prazo somente o tempo irá responder porém uma coisa já é certa. Sabemos que o ataque de doenças e pragas estão diretamente relacionados a saúde dos vegetais. Isso já não é mais teoria . Já existe ampla comprovação científica desse fato.

O papel dos insetos na Natureza foi inteligentemente desvendado pelo brilhante cientista Dr. Phillip Callahan, Ph.D., que trabalhou no U.S.D.A. e Universidade da Flórida. Os insetos funcionam como verdadeiros "sanitaristas" eliminando vegetais fracos e doentes, nos poupando de consumir alimentos de inferior qualidade. Na verdade os insetos estariam nos prestando um grande favor ( 10, 14 ).

Dr. Callahan afirma que "nenhum método de controle irá funcionar enquanto safras envenenadas continuarem a emanar etanol e amônia em pequenas partes por milhão. Esses dois produtos da fermentação são a marca registrada de organismos agonizantes e servem como atrativo para todos os insetos que se alimentam de plantas " ( 13 ).

Dessa forma, plantas carentes de nutrientes é o que podemos esperar dessas manipulações genéticas e consequentemente, mais doenças e desnutrição.

A única maneira de reverter esse quadro sombrio da atual agricultura é via reconstrução dos solos agrícolas. Infelizmente não existem soluções rápidas ou mágicas. Reconstruir os solos via micro vida do solo com adequada remineralização e aumento da fração húmica ativa por intermédio das diversas práticas agrícolas auto-sustentáveis. O movimento de Agricultura Ecológica e/ou Orgânica é o embrião dessas novas mudanças. Essa é , de fato, a nova mudança. Essas são de fato, as novas tecnologias a serem adotadas. Por conceitos antigos devemos entender justamente aqueles que prevaleceram pelos últimos 100 anos e não conseguiram resolver os problemas.

O primeiro estágio para que se efetue uma mudança é a divulgação de conceitos novos, já que os antigos não resolveram os problemas, e da adoção de um conceito holístico para entender-mos a realidade ao invés de um enfoque reducionista para o estudo dos fenômenos naturais. Que novas tecnologias, de ordem prática, foram geradas pelas pesquisas milionárias de sequenciamento genético no nosso país . Sequenciou-se o "amarelinho" da laranja e eu pergunto: E daí ?

Gastou-se milhões de dólares . Para que ?

Podemos esperar cada vez mais oposição as novas idéias e mudanças quando o sistema se sentir prejudicado. Aliás, já foi identificada uma campanha a nível mundial custeada pelas multinacionais interessadas na regularização dos transgênicos onde se procura difamar a Agricultura Orgânica.

O sistema está agonizante mas dispõe de recursos e irá reagir. Entretanto, existe uma saída.

"Pedi e Recebereis. Procurai e Achareis " como diz a Bíblia.

A verdade é bem simples. A mentira e a falsidade são muito complicadas.


RETIRADO DA INTERNET: PLANETA ORGÂNICO

IEC - INSTITUTO DE ESTUDOS CANÁBICOS


Bibliografia

1. Acres USA. A Voice for Eco-Agriculture, vol. 30, No.7, 2000.

2. Andersen, Arden A.Ph.D. Science in Agriculture, Acres USA, 376 pgs, 2000.

3. Andersen, Arden A.Ph.D. The Anatomy of Life & Energy in Agriculture, Acres USA,115pgs,1989.

4. Callahan, Philip S. Paramagnetism. Acres USA , 128 pgs, 1995.

5. Garcia, José Luiz M. A Desmineralização crescente dos solos como fator determinante do aumento da incidência das doenças degenerativas, 1o. Simpósio sobre

Agricultura Ecológica e Saúde Humana, Rio de Janeiro, Junho, 2000.

6. Jensen, Bernard & Mark Anderson.. Empty Harvest, Avery Publishing Group, Inc.,188 pgs, 1989.

7. Jesus, Eli Lino. Histórico e Filosofia da Ciência do Solo : Longa Caminhada do Reducionismo a Abordagem Holística. Alternativas, Cadernos de Agroecologia,

Solos 4, 64- 75, Julho, 1996.

8. Kinsey, Neal.Hands-On-Agronomy, Acres USA, 352 pgs, 1999.

9. Schroeder, Henry A.M.D. The Trace Elements and Man, The Devin-Adair Co., 180 pgs,1973.

10. Smillie, Joe & Grace Gershuny. The Soul of the Soil,, Chelsea Green Publishing Co.,173 pgs, 1999.

11. Voisin, André.Soil, Grass & Cancer, Acres USA (re-edição), 370 pgs,1999.

12. Walter, Charles & C.J. Fenzau. Eco-Farm, Acres USA, 447 pgs, 1996.

13. Wheller, Philip A. & Ronald B. Ward. The Non- Toxic Farm Handbook, Acres USA,238 pgs., 1998.

14. Zimmer, Gary. The Biological Farmer, Acres USA, 352 pgs, 2000.

# A Nova Era - Terapia Psicodélica
# A Nova Era - Tentativa de Autocultivo Rumo a Sustentabilidade

= "Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã." [ Mahatma Gandhi ]
= "Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina." - Confúcio [ Confúcio ]
= "Seja em você a mudança que quer para o mundo" [ Ghandi ]

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fazendeiro Aterroriza Quilombolas na Bahia



Batateira, Quilombo situado numa ilha no município de Cairu BA, tem passado nos últimos dois anos por momentos de terrorismo por um pseudo fazendeiro que se diz dono da terra.

As ameaças continuam e a comunidade pede socorro!

Por: Ascom Rede Mocambos, 30 de maio de 2011

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Sequencia das imagens: 1.Casa destruída nos ataques, 2. Defensor Público ouvindo a Comunidade, 3. Comunidade reunida

A comunidade quilombola de Batateira, localiza-se na Ilha de Tinharé, nas proximidades da Vila de Garapuá e pertence ao município de Cairu. Como trata-se de uma ilha a natureza de sua área é de responsabilidade da União. Os moradores que ocupam essa área estão ali há mais de 100 anos. Tendo toda a ancestralidade comunitária e de parentesco reconhecida pela Fundação Cultural Palmares. Trata-se de uma comunidade de cerca de 30 famílias que sobrevivem em situações precárias, em casas em sua maioria de taipa, palha e madeira. Na comunidade não tem energia elétrica e é desprovida dos principais serviços básicos que qualquer cidadão tem direito

O Conflito nessa comunidade começou em 2009, quando houve a mobilização de pedido de reconhecimento quilombola pela comunidade com freqüentes visitas à comunidade e com seguidas ameaças do Sr Manoel Palmas Ché Filho, filho do ex-prefeito de Cairu. Em maio de 2010, o conflito teve início quando numa visita do "Maneca Ché", como é conhecido, mais cinco policiais fardados e outros homens, todos armados com armas de fogo, diziam ter mandato judicial para estarem ali, além de reforçar as ameaças derrubaram o pier que a comunidade usava como embarque e desembarque.

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Foto de Manoel Che na Audiencia Pública

Depois que a Fundação Palmares expediu a certidão quilombola à comunidade, os seus moradores voltaram a receber novas ameaças, foi quando em 09 de setembro de 2010, Manoel Che Filho invadiu a comunidade com mais 12 homens, entre eles 3 policiais a paisana. Eles chegaram às 7h da manhã e ficaram até às 15h. Nesse periodo de 8h que permaneceram na comunidade, derrubaram mais 3 casas, atiraram várias vezes pra cima, colocaram revolvers na cabeça de mulheres e adolescentes, xingaram os moradores, colocaram a liderança da comunidade Claudeci numa roda com 12 homens e bateram no seu rosto, ameaçando sua vida, na frente das crianças da comunidade, inclusive seu filho de 5 anos, que tem demonstrado traumas de ter presenciado a violência com sua comunidade e sua família.

O comandante da Polícia Militar de Valença, major José Raimundo Carvalho Pessoa, esclareceu que a atuação ilegal de policiais militares que deram apoio ao "Maneca Che", correu à revelia do Comando da 33ª Companhia Independente da Polícia Militar de Valença. Em depoimento, os policiais denunciados negaram a participação no caso denunciado e recorreram ao direito de falar somente em juízo e na presença do advogado. Não se tem informação que o processo judicial foi aberto.

Em outubro de 2010 foi realizada uma audiência pública organizada pela SEPROMI, que teve como objetivo de ouvir, avaliar e traçar estratégias para solucionar os sucessivos conflitos ocorridos na Comunidade de Batateira. Participaram da audiência autoridades, o pseudo fazendeiro Maneca Che e seus representantes, a sociedade civil representada pelos movimentos de pescadores, Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra, o Conselho Pastoral da Pesca, Quilombolas de outras regiões, Representantes do INCRA, DPE, SPU, Governo do Estado, Prefeitura de Cairu e etc.

Há poucos dias, as ameaças retornaram, o pseudo fazendeiro insiste que vai voltar na comunidade e derrubar o resto das casas, a liderança da comunidade vem sendo seguida e ameaçada de morte, as famílias estão apavoradas.

Não existe nenhum advogado assistindo a comunidade, o que gera uma preocupação ainda maior. No último Sábado dia 28 de de maio, o Sr. Manuel Che voltou à comunidade com mais 7 homens, voltou a fazer ameaças, alegou ter ordem judicial para não permitir nenhuma construção mais naquela ilha (mas não mostrou o documento), o que resultou na derrubada de mais uma casa na comunidade e a ameaça que ele estaria voltando com um grupo de criminosos para aterrorizar e levar tudo abaixo nos próximos dias. As famílias, em especial as crianças, estão apavoradas. A polícia, apesar de acionada durante nova invasão, só apareceu na comunidade horas depois e em nenhum momento consegue gerar nenhum tipo de proteção à mesma, todos os indícios e o histórico desses dois anos revelam na verdade uma polícia comprometida com a ação criminosa do pseudo fazendeiro, até por que, nenhum criminoso age tão abertamente como esse senhor, sem sofrer prisão preventiva, se não tiver uma cobertura, ou no mínimo uma escancarada omissão da polícia com o caso.

Esse breve texto tem como intuito chamar a atenção dos organismos e instituições estaduais, nacionais e internacionais a respeito da proteção dos direitos humanos, dos direitos das crianças e dos adolescentes, dos afrodescendentes em suas comunidades quilombolas e dos direitos das mulheres, assim como o apoio de diferentes tipos de mídias que possam colaborar com o apoio à comunidade:


A comunidade de Batateiras no município de Cairu Bahia não pode ficar sem assistência jurídica!

Um criminoso que faz abertamente esse tipo de ação, deve ter imediatamente sua prisão preventiva efetuada, assim como os seus comparsas! A justiça e a segurança pública precisam funcionar!

A Segurança Pública não pode estar a serviço de criminosos e gananciosos e precisa se comprometer com a proteção dessa comunidade!

Não se pode esperar que mais lideranças padeçam a espera de uma ação efetiva!

O INCRA precisa agilizar o processo de Titulação, Identificação e Demarcação das terras Quilombolas e em especial às comunidades que estão em processo de conflito.


Conselho Quilombola do Estado da Bahia

Rede Mocambos - Núcleo de Formação Continuada do Sul da Bahia






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Nega Jêje
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" Vamos fazer o mundo mais do nosso jeito"



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Fábio Martins

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sábado, 4 de junho de 2011

Na “democracia” brasileira é proibido ter opinião política









Após a brutal repressão contra os participantes da “Marcha da Maconha”,

em São Paulo, foi convocada para o dia 28 de maio a Marcha pela Liberdade.

Uma manifestação contra a violência policial e em defesa da liberdade de expressão e

manifestação.

Na “Marcha da Maconha” oito manifestantes foram detidos. Para impedir as pessoas de protestar a polícia reprimiu o ato com bombas de efeito moral, gás de pimenta, golpes de cassetete e tiros de bala de borracha. Antes da violência policial outro ato ditatorial já havia sido praticado.

A “Marcha da Maconha” foi proibida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Agora é a “Marcha pela Liberdade” que o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu. A decisão foi tomada no dia 27 à noite, de tal forma que os manifestantes não pudessem recorrer da decisão. Em ambos os casos a alegação é que se tratava de “apologia ao crime”.

A “Marcha da Maconha” pedia a alteração de uma lei, no caso a lei de drogas. Já a “Marcha pela Liberdade” foi organizada para protestar contra a violência policial e a liberdade de expressão. Somente em uma ditadura é proibido pedir a alteração de uma lei, protestar contra a violência policial ou defender a liberdade de expressão. Em qualquer regime democrático, por mais conservador e reacionário que este seja, tais direitos não poderiam ser violados.

Neste sentido, as proibições destas manifestações representam um avanço da repressão aos movimentos sociais no país.

Este fato revela que está em funcionamento o mesmo sistema de supressão da opinião da época da ditadura.

O número de manifestações em todo o país, particularmente na cidade de São Paulo, está crescendo de forma acentuada. Na semana passada ocorreram greves de funcionários públicos, motoristas de ônibus, professores, manifestação contra o aumento da passagem etc. Para esta semana já estão marcadas greves de motoristas e cobradores, trabalhadores da Sabesp, do metrô, da CPTM etc.

A escalada da repressão tem como objetivo impedir o progresso do movimento dos trabalhadores e da juventude em defesa de suas reivindicações.

Em São Paulo, o mini-ditador Gilberto Kassab está militarizando a prefeitura. 26 das 31 subprefeituras estão nas mãos de ex-oficiais da polícia militar. Além disso, outros militares ocupam lugares em importantes secretarias e órgãos da prefeitura. O governo municipal também está ampliando a Operação Delegada, colocada em prática através de um acordo entre a prefeitura e a PM. Policiais são contratados na sua hora de folga para fazerem “bico” para a prefeitura. O objetivo da operação é reprimir os camelôs e acabar com o comércio ambulante na cidade. No total, a Operação Delegada conta com aproximadamente 4500 policiais e tem um investimento previsto de mais de 100 milhões de reais.

Há no país uma ofensiva contra os direitos democráticos da população. Os juízes do STF (Superior Tribunal Federal) querem acabar com os recursos jurídicos, mulheres são presas por realizarem aborto, em várias cidades está estabelecida a proibição de panfletagens, em outras várias foi estabelecido o toque de recolher etc.

Também está se intensificando as operações policias em bairros da periferia e favelas. No Rio, vários morros foram ocupados militarmente pelos policiais do Bope. Em São Paulo, a segunda maior favela da cidade, a favela de Paraisópolis, está sitiada há quase um mês. O objetivo é separar a favela do bairro “nobre” do Morumbi.

A proibição a “Marcha pela Liberdade” revela que no país não há nem resquícios de um “Estado de Direito”, ou seja, onde as instituições se submetem à lei. A Constituição Nacional é violada constantemente. O que vale é o arbítrio dos juízes e o poder dos policiais de imporem os interesses ditatoriais da burguesia.

A única maneira de garantir os direitos democráticos é a luta dos trabalhadores e da juventude contra a ditadura imposta pelos juízes e os governos capitalistas.

É necessária uma campanha contra os ataques aos direitos democráticos em defesa da liberdade de expressão, organização e manifestação. A garantia destes direitos através da luta da própria população é uma condição para este movimento que se desenvolve em todo o país e que tende a se chocar diretamente contra o regime político

terça-feira, 17 de maio de 2011

Não Haverá Transmissão Ao Vivo nessa semana









Para melhorar/ampliar a articulação da Rádio essa semana não teremos programação Ao Vivo, mas para a semana que vem estamos preparando diversas entrevistas que com certeza agradará a/os ouvintes da Rádio Cordel Libertário.

Já estão disponíveis para escutar o áudio de todas as entrevistas que já foram realizadas pela Rádio Cordel Libertário, é só entrar na página PROGRAMAS ANTERIORES e desfrutarem dos debates que já houveram com diversosmovimentos/coletivos/espaços libertários e anarquistas (FARJ,ORL,MAP,MPLs e outros).

Segue o Restante da programação:

18/05/2011 – Quarta-Feira – 21:10- Gravação Temática produzida por Apolo da CAIL (Casa de Apoio a Iniciativa Libertária de Fortaleza/CE), durante a exibição da Gravação Apolo estará no chat para debater o conteúdo que trouxe e se caso for entrará ao vivo para falar sobre sua produção.

Quem quiser contribuir ou fazer parte do Coletivo Rádio Cordel Libertário, estamos abertxs, queremos que a Rádio expanda para outras Cidades/Regiões do Brasil, atualmente estamos com um grupo em Salvador/BA e outro e Fortaleza/CE, e quantos mais parcerias tivermos mais relevante será a Rádio na construção de um veiculo de comunicação libertário que contribua efetivamente para a organização/luta libertária/anarquista tal como a organização popular.

Rádio Cordel Libertário
A Rádio que Valoriza e Respeita a Liberdade e a Diversidade! radiocordel-libertario.blogspot.com radiocordel-libertario@hotmail.com
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