" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Clipping: CENTRO DE DEFESA LANÇA “ATLAS DO TRABALHO ESCRAVO NO MARANHÃO”



Estima-se que existem hoje no mundo, cerca de 12 milhões de seres humanos trabalhando em situação análoga a escravidão. Segundo estimativas da Comissão Pastoral da Terra - CPT, no Brasil, são mais de 25 mil trabalhadores escravos. São homens, mulheres e crianças aprisionados, sobre as mais degradantes condições, sujeito às mais variadas formas de violência.

O estado do Maranhão ocupa lugar de destaque no quadro dos estados onde mais se fornece mão-de-obra para o trabalho escravo, sendo que a maioria de trabalhadores resgatados em outras unidades da federação, principalmente no estado vizinho, Pará, são maranhenses.

Nesse sentido, o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia -MA, (CDVDH), visando elucidar para os diversos meios sociais a problemática da escravidão atual no Brasil, lança o "Atlas Político-Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão".

A obra fornece as informações que constam no acervo do CDVDH e de diferentes órgãos governamentais. Trata-se, ainda, da analise do conjunto de dados sobre os processos envolvendo a prática do Trabalho Escravo, em dezenas de fazendas no Maranhão.

Com um conteúdo distribuído em 7 (sete) capítulos, o Atlas apresenta, também, um estudo sobre as figuras dos peões "escravizados", o patrão "proprietário de terras" e o gato "o aliciador", personagens de destaque no processo de Trabalho Escravo. Faz uma avaliação das fiscalizações e de vários processos em andamentos na justiça, questionando porque a impunidade impera nos casos.Por fim, reflete sobre os planos criados pelos governos para erradicar o trabalho escravo.

Para o lançamento estará presente representantes do poder judiciário, de parlamentares federais e estaduais, membros da comissão de direitos humanos da OAB-MA, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, do Provita, (Programa Estadual de Proteção a Testemunhas) do Ministério do Trabalho e a presença do diretor da Agência Asturiana de Cooperação para o Desenvolvimento, Marcos Cienfuegos.

Serviço:
Livro: Atlas Político-Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão
Data de lançamento: 27 de janeiro
Horário:19h
Local: Sede do CDVDH, na Rua Bom Jesus, 576, centro. Mais informações: 99 3538 2383
Reynaldo Costa 99 8144 5903 - reyterra@gmail.com
Centro de Defesa 99 3538 2383

Nenhum comentário:

Postar um comentário