" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nota em repúdio à manifestação em apoio ao Deputado Federal Jair Bolsonaro


O Movimento Anarco Punk vem, por meio desta nota, expressar total  repúdio ao ato realizado por grupos de extrema-direita esta manhã (09)  no Vão Livre do MASP. Este manifesto busca ressaltar a relevância  social de que analisemos essa tentativa de levante dos grupos  direitistas e intolerantes que vêem, há anos, se organizando na cidade  de São Paulo, no Brasil e em todo o mundo, buscando assim uma forma  concreta de combate. Somos todos/as vítimas da intolerância.  O ato a favor do Deputado Federal Jair Bolsonaro foi organizado por  sádicos direitistas que assumiram publicamente serem homofóbicos. São  indivíduos que se organizam através de grupos paramilitares  (denominados por eles como ?extra-quartel?) que tem como prática ações  de violência contra minorias étnicas, como negros/as, nordestinos/as e  descendentes de imigrantes, além de toda comunidade LGBT (Lésbicas,  Gays, Bissexuais, e Transgêneros).  Junto aos movimentos sociais, comparecemos ao Contra-Ato, organizado  para demonstrar publicamente a não aceitação da sociedade de grupos  com características militaristas, fascistas e violentas. Em quantidade  numérica superior aos Fascistas pró-Bolsonaro, demonstramos que em uma  cidade marcada pela presença do/a negro/a, pelo trabalho dos/as  imigrantes (nordestinos/as, asiáticos/as, africanos/as e etc) e pela  diversidade, ideais racistas, homofóbicos e intolerantes nunca serão  aceitos.  Acrescentamos também, que as duas pessoas ?detidas? pela polícia, que  faziam parte do contra-ato, foram encaminhados à delegacia pois  estavam sem documento, não existindo acusações concretas contra as  mesmas. Ao contrário dos pró-Bolsonaro que respondem a diversos  processos por agressão, racismo, formação de quadrilha, entre outros.  Viemos a público denunciar que as organizações que convocaram o ato  demonstraram que a intolerância é a bandeira que os une. Nunca uma  manifestação pública organizada por esses grupos, conseguiu aglutinar  as várias facções intolerantes de São Paulo, como Carecas do ABC,  Carecas do Subúrbio, White Powers, Impacto Hooligan, Kombat RAC,  skinheads, grupos da extrema direita nacionalista e integralista como  Ultra Defesa e Resistência Nacionalista. Esses grupos são responsáveis  por inúmeros crimes violentos, entre eles o assassinato do adestrador  de cães, Edson Neris, em 2000, na Praça da República, da bomba jogada  na Parada Gay de 2009, e dos dois meninos jogados do trem em movimento  na estação Brás-Cubas, em Mogi das Cruzes, no dia 7 de Dezembro de  2003 - Cleyton morreu e Flávio teve um dos braços amputados. Esses  grupos também são responsáveis por grande parte das inúmeras agressões  a negros e homossexuais nos últimos meses nas regiões centrais da  cidade de São Paulo, como também em Osasco e outras localidades.  Há que se combater o crescimento destes grupos de forma urgente e  eficaz, ampliando o debate e as discussões entre os movimentos sociais  e toda a sociedade! Seguimos lutando contra toda e qualquer forma de  preconceito e discriminação pelo mundo. Não nos calaremos! Estamos a  disposição da sociedade, dos movimentos sociais e da imprensa para  apresentarmos as denúncias contra esses grupos e contra qualquer forma  de discriminação.  Por um mundo onde caibam vários mundos! Pelo direito e o respeito a diferença!  Movimento AnarcoPunk de São Paulo  Contatos: map.sp@anarcopunk.org / Cx. Postal 1677 CEP 01031-970 / 70524406 

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