" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Biocombustível aproveita 97% do óleo da planta, que cresce em solo infértil e não compete com as lavouras para produção de alimentos



São Paulo – Às várias utilidades da maconha que estão em estudo, como sua vocação terapêutica e medicamentosa e até mesmo seu uso em carrocerias de carros, adicione mais uma: a de combustível. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, descobriram que a fibra da Cannabis sativa, conhecida como o cânhamo industrial, tem propriedades que a tornam viável e atraente como matéria-prima para a produção de biodiesel.

Durante testes de laboratório, o biocombustível feito a partir da semente da planta apresentou uma alta eficiência de aproveitamento – 97% do óleo foi convertido em biodiesel. Outra vantagem da erva, segundo Richard Parnas, professor que chefiou o estudo, reside na capacidade da Cannabis sativa de crescer em solo pobre e de baixa qualidade, o que afasta a necessidade de cultivá-la em lavouras especiais destinadas ao plantio de alimentos.

Ele observa que as grandes usinas de biodiesel incluem oleaginosas como soja, azeitonas, amendoim e canola. “A produção de combustíveis sustentáveis muitas vezes compete com o cultivo de alimento”, afirma o cientista, em artigo publicado no site da Universidade. “Nesse contexto, produzir biodiesel a partir de plantas que não são alimentos e que não precisam de terra de alta qualidade é um grande passo”.

O cânhamo industrial é cultivado em todo o mundo. A fibra do talo da planta é forte, e até o desenvolvimento de fibras sintéticas nos anos 1950, foi um dos primeiros produtos utilizados mundialmente para a confecção de cordas e roupas.

Hoje, ainda há regiões que tratam os finos talos da cannabis como uma fibra primária, principalmente devido à sua capacidade de crescer “como uma erva daninha”, sem exigir muita água, fertilizantes ou insumos de alta qualidade para florescer. Mas as sementes – que abrigam a fábrica de óleos naturais – muitas vezes são descartados. “Este resíduo poderia ser bem utilizado e transformado em combustível”, diz Parnas.

Parnas e sua equipe de pesquisadores têm planos de construir uma unidade piloto de produção de biodiesel da cannabis, que contaria com um reator capaz de produzir até 200 mil litros de biocombustível por ano. Com a instalação, os cisntistas pretendem testar novas formas de produzir biodiesel e realizar análises econômicas sobre a comercialização de seus métodos.

Fonte: [ Portal EXAME ]

Vanessa Barbosa, de EXAME.com

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