" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ato contra o aumento é duramente reprimido




























[São Paulo] 17/fev: Ato contra o aumento é duramente reprimido







A manifestação contra o aumento da tarifa foi duramente reprimida
por policiais militares da força tática do 45º e do 11º Batalhão
de Polícia Militar, e acompanhada ainda pela clara negativa de abertura
de uma discussão sobre o aumento por parte da prefeitura e da secretaria
municipal e transportes. Os manifestantes estavam na frente da prefeitura
por volta das 19 hrs de quinta-feira (17), quando, a partir de uma ordem
de um dos oficiais, foram atacados brutalmente pela PM.







Alguns manifestantes do Movimento Passe Livre esperavam
a resposta prometida pelos vereadores após a audiência
pública realizada no dia 12 na câmara dos vereadores.
Uma negociação envolvendo a prefeitura, a secretaria
municipal de transportes, vereadores e manifestantes
foi prometida durante a audiência, e a resposta seria
passada até o meio dia de quinta-feira (17), o que não
aconteceu. Isto levou seis manifestantes a se acorrentarem
dentro da prefeitura em protesto.







A resposta dada pelo poder público aos cidadãos foi bem
clara, a falsa democracia que vivemos encobre um esquema
cinematográfico de ação policial para dispersar manifestações,
assustar e reprimir duramente qualquer tipo de resistência
a ordem de ‘não reclamar’. Muitos policiais propiciaram um show
de abuso de autoridade e desrespeito aos direitos humanos.







Após uma ordem expressa dada por um dos oficiais, o batalhão
de choque partiu para cima dos manifestantes. Mais de 20
manifestantes foram atingidos por balas de borracha e estilhaços
de bombas de gás-lacrimogênio. Uma estudante chegou a ser
baleada no rosto por uma bala de borracha. Entretanto, em
entrevista para o G1, o capitão da PM Amarildo Garcia teve a
coragem de negar que tenha utilizado balas de borracha.



O uso de armas não letais é proibido a menos de 6 metros, e essa
ordem não foi respeitada pela PM.







Acompanhando o batalhão de choque, cerca de três PMs ficaram
encarregados de lançar spray de pimenta na cara dos jornalistas
e militantes pró-direitos humanos que tentavam questionar o porquê
de tamanha violência. Até 3 vereadores que questionaram a ação da
polícia foram espancados e atingidos por spray de pimenta.
A tática da PM foi clara, encobrir os desrespeitos e abusos
praticados através do ataque com spray de pimenta contra os
jornalistas.







Durante as negociações para que os PMs parassem de atirar bombas
e balas de borracha contra os manifestantes que reclamavam do
aumento de 0,30 centavos na passagem (sendo o custo de cada bala
de borracha de 14 reais), o Capitão Amarildo Garcia deu uma ordem
para que um homem que questionava os comandantes durante entrevistas
com a imprensa fosse preso. O homem, um assistente social, foi
perseguido por cerca de 10 policiais que o agrediram duramente na
frente da imprensa, que era coagida através do spray de pimenta dos
GCMs e do Soldado PM Saulo.







O homem foi detido e encaminhado ao hospital, e a última notícia era
de que ele estava sendo operado pelas fraturas que sofreu no rosto.
Depois ele seria preso por agressão e resistência a prisão.
Mais uma vez a frase se confirma: “uma mentira de farda vale mais
que dez verdades”.







Após muita truculência da polícia, que correu para se refugiar da
chuva, os manifestantes conseguiram retornar para a frente da
prefeitura, e seguiram em vigília pela libertação dos manifestantes
acorrentados dentro da prefeitura. Policiais informaram que o Secretário
de Segurança Pública do estado de São Paulo, o senhor Antônio Ferreira
Pinto, ordenou que os manifestantes não fossem liberados enquanto não
fossem identificados para serem indiciados por sei lá o que.
Por fim os/as acorrentados/as saíram pela porta da frente da
prefeitura, não sem antes serem orbigados/as a fornecer o rg e o
endereço para a polícia.







A ordem é clara, criminalizar os movimentos sociais é política pública
da dobradinha realizada pelo DEM/PSDB no Estado.











VEM PRA RUA, VEM, CONTRA O AUMENTO!











* * *







> 7º GRANDE ATO CONTRA O AUMENTO DAS TARIFAS



Concentração em frente ao Teatro Municipal
(prox. metrô Anhangabaú e Term. Bandeira)







Horário: quinta, 24 de fevereiro de 2011 17:00











> Veja em www.anarcopunk.org/noticias vídeos com imagens
da repressão e do espancamento do manifestante e imagens do ato.


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