" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL












14 COMPANHEIR@S CHILEN@S PRES@S ACUSAD@S DE TERRORISMO




Segue abaixo um texto traduzido para o português com mais informaçُes sobre o que estل acontecendo no Chile em relaçمo ao chamado "Caso Bombas".

Mais informaçُes estمo disponيveis no site http://www.hommodolars.org/web/



Resistência e Liberdade,

ANARCOPUNK.ORG



* * *



Bem-vind@ ao Chile, sociedade de cلrceres e carcereiros: SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL com @s 14 sequestradas e sequestrados pela "democracia" no Chile!



No sلbado passado, 14 de agosto, nas cidades de Santiago e Valparaيso, uma açمo coordenada por policiais de todos os tipos e parafernلlias (GOPE, forças especiais e labocar) invadiram violentamente três centros sociais ocupados e vلrias casas particulares em cinco comunas, intimidando com armas de guerra, quebrando janelas, portas, e confiscando material de todos os imَveis.

14 detid@s que ignoravam o porquê de sua detençمo, dos quais 3 dias depois, 6 deles saem em liberdade condicional por falta de provas, enquanto as pessoas detidas sمo isoladas no cلrcere de segurança mلxima, esperando por um processo de investigaçمo de 180 dias, correndo risco de pegar 20 anos de cلrcere, por uma suposta associaçمo ilيcita terrorista na qual se delegariam o trabalho de confecçمo e detonaçمo de bombas que explodiram nos ْltimos tempos na capital. Esta associaçمo estaria constituيda, segundo a promotoria, de hierarquias e "cabeças", suposiçمo absolutamente contraditَria se falamos que a maioria d@s sequestrad@s, por convicçُes ideolَgicas anarquistas, se opُem rotundamente a lيderes e hierarquias...



Este tem sido o resultado de seu espetلculo atual, um desfecho perfeito para os titereiros e carcereiros do poder de plantمo, e sobretudo para estes honestos cidadمos, que tanto gostam da paz dos mortos, que com sua ajuda, vمo apagando a histَria d@s oprimid@s, com simulaçُes, prisُes e resignaçُes.



"O caso bombas" é o nome que sucessivas vezes volta às manchetes como uma novela em capيtulos, na qual os atores principais; ministro do interior, promotor e suas polيcias sequazes, fazem o necessلrio para capturar @s "indesejad@s" anarquistas.

O inيcio do midiatizado "caso bombas": saga de perseguiçُes policiais, na qual os protagonistas fizeram seu debut, como remonta o dia 10 de setembro de 2006, às vésperas de uma data histَrica no Chile, em que alguns/mas recordam lamentando a seus mortos e desaparecidos na ditadura, enquanto outros e outras manifestam seu descontentamento pela falsidade da democracia, que nمo mudou muito em relaçمo à ditadura.

Neste contexto de protestos, no qual uma bomba molotov é lançada contra o Palلcio do Governo, as imagens deram a volta ao mundo, o sيmbolo da democracia aliancista ficou em pedacionhos, seu ponto fraco; o fator fraternal unificador de esquerdas havia sido alterado.

Duas semanas depois do ocorrido, um vasto contingente policial invadia a okupa "la mansiَn siniestra", prendendo 6 pessoas que, para sua surpresa haviam se tornado, graças ao trabalho da imprensa, uma associaçمo ilegal:"fabricantes de bombas molotov", "delinquentes violentos", "vândalos". Um cenلrio nمo muito distinto do que hoje vivem @s 14 compas acusad@s.

Neste contexto, a policia, que nمo contavam com sua astْcia, de que suas evicências nمo tinham nada de concreto, jل que os materiais encontrados para a confecçمo de bombas que supunham eram simples utensيlios domésticos comuns. Os molotovs nunca existiram. Durante o processo de formalizaçمo, os 6 protagonistas desta histَria, eram a pior aberraçمo moral existente, e a opiniمo pْblica até entمo legitimava a condenaçمo de até cinco anos que lhes estavam dando de cلrcere. Mas OPS... Erro! As suposiçُes eram falsas, a montagem policial havia se revelado. Finalmente estas seis pessoas nمo cumpriram a pena que lhes tinham sentenciado, e depois de onze dias presos no cلrcere de segurança mلxima saيram em liberdade. Como é de se esperar, nenhuma instituiçمo respondeu pelos danos e castigos corporais e psicolَgicos irreparلveis, nem pelos pertences apreendidos d@s companheir@s.



4 anos se passaram desde este incidente, e neste percurso, as montagens, desigualdades e repressُes estمo na ordem do dia...



Para dizer APENAS ALGUNS exemplos concretos: segundo a pesquisa de "caracterizaçمo socio-econômica nacional" (casen), a brecha econômica aumentou de 13% a 15% desde 2006, e ainda assim a programaçمo do governo pretende gastar 135 milhُes de pesos para construir, a partir desde ano, 10 novos cلrceres, que em seu total somariam mais de 16 mil e 500 novas vagas ao atual sistema penitenciلrio; também nمo é menos importante saber, por fontes do mideplan, que 64% da populaçمo penal é analfabeta ou nمo completou seus estudos bلsicos, ou seja, as pessoas mais pobres e marginalizadas do sistema. Ficando claro que interessa investir para o sistema no encarceramento ao invés da educaçمo. Entretanto estes cلrceres necessitam de carcereiros...



Depois que a coalizمo esteve uma década encarregada de governar, assassinar a 42 pessoas, e favorecer, ao invés de mudar, como no inيcio prometeu, o desenvolvimento da "constituiçمo polيtica do Chile" da ditadura, fortalecendo-a mediante reformas, e continuando com a tradiçمo de criminalizaçمo dos movimentos sociais, com o aperfeiçoamento da lei anti-terrorista - em que uma de suas modificaçُes é colocar os policiais como "testemunhas de fé", proporcionando-os assim veracidade para as montagens contra aquel@s que representam uma ameaça para seu sistema, entre outras barbلries.

Chega o ano 2010, o turno da "coalizمo pela mudança", com Sebastian Piٌera no poder. Prَ-ditadura, colaborador nْmero um no estabelecimento do modelo neo-liberal, nمo esquecemos ainda que foi ele quem brindou aos chilenos e chilenas a oportunidade de ter cartُes de crédito para viver trabalhando e assim pagar suas dيvidas, mas por sobre todas as coisas, hoje, saibam, muito famoso por seu lema "batalha contra a delinquência", em que nos demonstra sua efetividade no que se refere à suposta "segurança". Em outras palavras e para ser um pouco menos moderad@s por fim: carcereiros que asseguram a propriedade de seus colegas empresلrios. E que para certificar-se de que assim funcione o Sr. presidente desenvolverل o reforço da repressمo contra a populaçمo historicamente reprimida, aumentando o contingente policial para 15 mil carabineiros e policiais civis, que jل se apresentavam hل alguns meses atrلs com um incremento de seus salلrios de 18%. ة assim que a "batalha contra a delinquência", além de ser um método exemplar para demonstrar a ineficلcia da coalizمo, irrompeu tragicamente em nossas vidas.

Hoje somos colocad@s como seus bodes expiatَrios, como dementes em uma vitrine midiلtica, para ganhar "simpatias morais' entre @s expectadores e legitimar assim seus triunfos, tمo cobiçados por estes novos carrascos, que por sua vez, com esta caçada encobrem outros fatos, intencionalmente invisيveis para os meios, como a greve de fome de 32 prisioneiros polيticos mapuche, que lutam contra a adversidade da justiça chilena e que exigem seus direitos naturais. Ou o que também omitem: ao utilizar o equipamento mais barato que o efetivo para resgatar 33 mineiros presos hل vلrios dias.



Hoje 14 companheir@s, entre el@s, anarquistas, comunicador@s e lutador@s sociais, solidلri@s às causas injustas, participantes recorrentes de centros sociais ocupados abertos onde funcionam bibliotecas, videotecas, hortas, se compartilha e questionam idéias e açُes, em fَruns e atividades de maneira horizontal sمo automaticamente criminalizad@s. Aos promotores bastam evidências muito ambيguas para privل-l@s de sua liberdade, como por exemplo uma chamada telefônica interceptada onde a mمe pede a um dos acusados que se cuide. Os espaços ocupados abertos e as pessoas comprometidas dia-a-dia a denunciar e transformar com suas prَprias vidas a sociedade, tem sido mais vulnerلveis às apreensُes do Estado, evidenciando que a perseguiçمo é também ideolَgica.



Do que estمo falando quando nos culpam de terroristas? Quem sمo os verdadeiros terroristas?



Chamamos tod@s a construir uma rede de apoio internacional pel@s presos e presas de 14 de agosto. Hoje mais do que nunca! Internacionalistas do mundo, a solidariedade e a açمo, com os sequestrad@s das mentiras do Estado chileno!



furiosamente, radio nomadista.
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