" Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"O Quilombo do Encantado"
















Caro Amigo(a),
Peço licença para invadir sua caixa de e-mails, no intuito de convidá-lo(a) para "Bate-papo com o autor", próxima terça-feira (25.jan.2010), na Livraria Cultura, em Fortaleza, sobre meu novo livro, "O Quilombo do Encantado".
Trata-se de obra de ficção, mas que, tendo como pano de fundo o Brasil dos tempos coloniais, chama a atenção para uma questão histórica que vem sendo revisitada: a existência de escravos e quilombos no Ceará.
Então, conto com sua colaboração para passar convite adiante, principalmente para o pessoal que mora ou está de férias em Fortaleza.
A propósito, se você é jornalista, repórter, blogueiro, twiteiro ou editor de outras mídias, e quiser elaborar eventual matéria ou postagem, terei prazer em lhe encaminhar informações mais detalhadas.
O Jânio Alcântara, do blog DUS BONS, já postou, e disse o seguinte sobre o livro:
(...)
Tive a oportunidade de ler em primeira mão esta bela estréia do autor no mundo da prosa e fiz na leitura uma viagem de volta à minha ancestralidade. Explico-lhes: Meus pais, avós e bisavós (paternos e maternos) nasceram na localidade Tremembés – hoje pertencente a Icapuí, antes Aracati, vizinho ao Estado do Rio Grande. Em Icapuí, desconfia-se da presença de holandeses – tal a brancura, a loirice e os olhos azuis de muitos que nasceram/nascem lá – que fugiram prá lá, após a expulsão pernambucana.

A trama de “O Quilombo do Encantado” gira em torno da vida de Antônio Carpinteiro, que nasceu escravo, mas, por causa de um desentendimento com um capataz, teve que se refugiar na floresta, onde descobriu a liberdade. Como cenário dos acontecimentos, o Forte de São Sebastião, no início da ocupação portuguesa do que viria a ser o Estado do Ceará, e a imensidão das terras brasileiras, já naquela época ocupadas por uma grande diversidade de povos, tais como tupinambás, tabajaras, potiguaras, tremembés, portugueses, africanos, holandeses e muitos mestiços.

Emocionei-me com a saga do Antonio – tudo permeado na forma educativa de explicar sobre as etnias e suas derivações. “O Quilombo…” me encantou.
Se você quer ver a íntegra do texto de Jânio Alcântara, mas tem medo de seguir links, a URL da postagem é http://blog.opovo.com.br/dusbons/escritor-cearense-estreia-em-prosa/.
Por enquanto é só. Um grande abraço!
Marcos Mairton

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